A Origem
A linguagem das histórias em quadrinhos, bem como o uso de personagens fixos que contam uma história por meio de ações fragmentadas em balões, surgiu primeiramente nos jornais sensacionalistas de Nova York. A primeira história em quadrinhos de que se tem notícia é a chamada “Yellow Kid” – Menino Amarelo, que fez enorme sucesso nos Estados Unidos. Foi a partir de Yellow Kid que as características importantes das histórias em quadrinhos passaram a ser empregadas.
Algumas histórias em quadrinhos foram reconhecidas e os autores ganharam cobiçados prêmios. Art Spiegelman que escreveu Maus venceu o Prêmio Pulitzer e as revistas de Neil Gaiman, The Sandman venceu o World Fantasy Award como “Melhor Conto”. Apesar de não ser uma revista em quadrinhos propriamente dita, a revista de Michael Chabon com temas sobre quadrinhos chamada The Amazing Adventures of Kavalier & Clay venceu em 2001 o Prêmio Pulitzer de ficção.
O interesse popular pelos super-heróis aumentou com os sucessos de bilheteria do cinema com filmes como X-Men (2000) e Homem-Aranha (2002). As adaptações de quadrinhos de não-super-heróis como Ghost World, A History of Violence, Road to Perdition e American Splendor, também foram produzidas.
As histórias em quadrinhos no Brasil começaram a ser publicadas no século XIX. Em 1837, circulou o primeiro desenho em formato de charge, de autoria de Manuel de Araújo Porto-Alegre, que foi produzida através do processo de litografia e vendida em papel avulso. O autor criaria mais tarde, em 1844, uma revista de humor político.
Super Heróis
● A Era de Ouro
Em 1938, após o sócio de Harry Donenfeld, Wheeler-Nicholson sair do negócio, o editor Vin Sullivan da National Allied trouxe uma criação de Siegel/Shuster para a capa (apesar da história ser secundária na revista) em Action Comics #1 (junho de 1938). Era o disfarçado herói alienígena, Superman, que vestia roupas coloridas e uma capa parecida com a de artistas de circo, e que viraria o arquétipo dos “super-heróis” que o seguiriam. A revista Action Comics se tornaria a revista em quadrinhos americana com o segundo maior número de exemplares, próximo de Four Color da Dell Comics que é a recordista com cerca de 860 publicações.
Os fãs chamam o período do final dos anos de 1930 até o final dos anos de 1940 de “Era de Ouro” dos quadrinhos americanos. Action Comics e Capitão Marvel venderam meio milhão de exemplares a cada mês e os quadrinhos se tornaram um meio de entretenimento popular barato durante a II Guerra Mundial. Com o fim da Guerra, a popularidade dos super-heróis declinou rapidamente. Os editores começaram, por volta de 1945, a substitui-los por aventuras de humor juvenil (simbolizado em Archie Comics), animais como os de Walt Disney, ficção científica, faroeste, romance e paródias. Os super-heróis da Timely foram cancelados em 1950 com os últimos números do Capitão América. Apenas os heróis da National (Superman, Batman e Mulher Maravilha) continuaram, mas estavam perto da extinção em 1952.
● A Era de Prata
A Era de Prata dos Quadrinhos representou o período em que os super-heróis retornaram e dominaram as publicações de duas das maiores editoras dos quadrinhos americanas, a Marvel e a DC. Em meados dos anos de 1950, seguindo a popularidade da série de TV The Adventures of Superman, os editores experimentaram o gênero dos super-heróis uma vez mais. A revista Showcase #4 (National, 1956) reintroduziu o super-herói The Flash reformatado e começou uma segunda onda de popularidade do gênero que ficaria conhecida como Era de Prata. A National expandiu a linha de super-heróis durante os seis anos seguintes, introduzindo novas versões do Lanterna Verde, Elektron, Gavião Negro e outros.
Em 1961 o editor/escritor Stan Lee e o artista e co-roteirista Jack Kirby criaram o Quarteto Fantástico para a Marvel Comics.
Outras editoras seguiram a nova vertente como a American Comics Group (ACG), a pequena Charlton, lar inicial de muitos profissionais conhecidos como Dick Giordano; Dell; Gold Key; Harvey Comics (famosa pelos personagens da turma do Gasparzinho) e Tower.
● A Era de Bronze
A revista Wizard usou a expressão “Era de Bronze” em 1995 para identificar a Era do Horror Contemporâneo. Já historiadores e fãs chamam de “Era de Bronze” para descrever o período dos quadrinhos americanos no qual houve mudanças significativas a partir dos anos de 1970. Ao contrário da transição Era de Ouro/Era de Prata, a Era de Bronze apareceu sem que as revistas tivessem interrompida a continuidade; contudo, nenhuma revista entrou na Era de Bronze ao mesmo tempo.
Mudanças que são costumeiramente citadas como marcos da transição entre a Era de Prata e a Era de Bronze são:
■ Retirada de criadores populares, como a aposentadoria de Mort Weisinger, editor das histórias do Superman, e a mudança de Jack Kirby para a DC.
■ Uma explosão de heróis sem poderes ou anti-heróis como Conan, Tumba de Drácula, Kamandi, Monstro do Pântano, Homem-Coisa e Motoqueiro Fantasma.
■ Quadrinhos que introduziram temáticas sociais como o abuso das drogas em Homem-Aranha e Lanterna Verde/Arqueiro Verde.
■ A atualização do Comics Code Authority em 1971 — após o desafio de Stan Lee ao código com a publicação de uma história sobre traficantes de drogas.
■ Reconfiguração de muitos personagens populares, como um “obscuro” Batman que se aproximaria da concepção original dos anos de 1930, várias mudanças em Superman tais como o desaparecimento da Kryptonita e a perda temporária dos poderes da Mulher Maravilha.
■ A morte de personagens importantes como a namorada do Homem-Aranha (Gwen Stacy), a Patrulha do Destino e vários membros da Legião dos Super-Heróis.
● A Era Moderna
Em meados dos anos de 1980, duas minisséries publicadas pela DC Comics, Batman: The Dark Knight Returns e Watchmen, causaram um profundo impacto na industria de quadrinhos americana. A popularidade e as atenções da mídia principal que angariaram, combinadas com as mudanças sociais, provocaram uma alteração de temas que se tornaram mais maduros e obscuros. A crescente popularidade dos anti-heróis como Justiceiro e Wolverine foram de encontro ao que se produzia de forma idependente, como os quadrinhos niilistas e obscuros da First Comics, Dark Horse Comics (fundadas nos anos de 1990) e Image Comics. A DC seguiu a onda com a publicação de “A Death in the Family”, a história em que o Coringa assassina brutalmente Robin. A Marvel conseguiu se manter com os vários títulos dos X-Men, com histórias que abordavam genocídio dos mutantes e alegorias sobre religião e perseguição étnica.
Nos anos de 2000, a onda já tinha se exaurido e apesar da Marvel e DC ainda lançarem as histórias especiais, as revistas deixaram de ser consumidas em massa como nas décadas passadas.
Aluna: Isabelly Toledo P. Cruz
Fonte :
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/História_em_quadrinhos_no_Brasil
http://www.sitedecuriosidades.com/m/curiosidade/qual-a-origem-das-historias-em-quadrinhos.html
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Comics